Rogério Santos, Primus Inter Pares AT Porto, na Elite da Arbitragem Internacional

28 Dezembro, 2017

O árbitro internacional que, em 2010, foi distinguido como Primus Inter Pares da AT Porto, juntou-se agora ao restrito grupo com o certificado “Gold Badge”, o mais alto dos atribuídos a árbitros e juiz-árbitros, na reunião anual da International Tennis Federation realizada em Londres.

Rogério Santos, como lhe é tão característico, mostrou-se disponível para deixar algumas palavras à AT Porto acerca do seu reconhecimento profissional com este “Gold Badge” da ITF, assim como aquilo que o move e lhe permite manter-se de “pedra e cal” na elite da arbitragem internacional:

“Comecei em 1997 e, agora, ao chegar a ‘Gold Badge’ há um sentimento de missão cumprida e um grande entusiasmo para enfrentar novos desafios profissionais.
Isto faz-me recordar todo este trajecto percorrido ao longo de 20 anos. E não me esqueço de todos os que me apoiaram e colaboraram comigo neste percurso desportivo e profissional. Sendo que a minha família, a minha mulher e os meus filhos em particular, teve e tem tido uma importância fundamental neste apoio, porque a carreira de árbitro internacional é muito dura e exigente, obrigando-nos a permanecer grandes períodos longe de casa, muito longe mesmo.
A todos eles, os meus agradecimentos. Um bocadinho deste “Gold” é deles, sendo que o maior pedaço é da minha família. 
Mas, para além destas muitas pessoas todas, também não quero deixar de recordar e agradecer o apoio que sempre tive da ATPorto, em especial quando comecei e decidi seguir um percurso profissional na arbitragem. Senti isso há 20 anos e sinto agora. Vejo que continua a encarar a arbitragem como factor essencial para a evolução do ténis nacional, tal como o faz com os jogadores, treinadores e outros agentes desportivos. E eu senti isso quando aqui comecei. Na altura, a região já tinha uma série de árbitros internacionais e, hoje, passados todos estes anos, continua a ser uma região com uma arbitragem de qualidade e com muitos árbitros internacionais. Vejo que a ATPorto continua a preocupar-se com a sua evolução, bem como em formar e ajudar as novas gerações de árbitros. Também à ATPorto cabe um bocadinho deste “Gold”.

Apesar de este ser um dos pontos mais altos dos 20 anos de carreira de Rogério Santos, contam-se várias outras conquistas e momentos históricos para ele, para a arbitragem portuguesa e também para a AT Porto. A sua carreira começou em Dezembro de 1997, na AT Porto, e, dez anos depois, já tinha estado em todos os Grand Slams como árbitro de cadeira, nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e nos Paralímpicos de Beijing, assim como em várias e importantes eliminatórias da Taça Davis.

Em 2000 e 2001, ainda no início do seu percurso como profissional, foi juiz de linha em todos os ATP Masters Series realizados nos EUA. Após o ano de 2001, esteve nestes torneios como juiz de linha e árbitro de cadeira, trabalhando uma média de 35 a 40 semanas por ano, quase todas fora de Portugal.

Por cá, foi árbitro de cadeira no Porto Open entre 2001 e 2004, sendo que, entre 2005 e 2011, exerceu as funções de Juiz-árbitro da prova.

Foi a partir de 2007 que Rogério começou a trabalhar como Supervisor da ATP em torneios Challenger e, desde então, tem sido uma verdadeira referência no circuito. Entretanto, foi conjugando estas funções com as de ITF Referee em provas Future. Foi também em 2007 que se tornou Formador da FPT, cargo que mantém até hoje. Foi ainda Presidente do Conselho de Arbitragem da FPT durante um mandato, entre 2012 e 2016.

Apesar de cada vez menos desempenhar tarefas como árbitro de cadeira, manteve o Silver Badge Chair Umpire. Depois de, durante estes anos ter feito muitos Challenger e, este ano, estar presentes em três importantes provas (ATP Estoril, WTA NanChang e ATP Marraquexe) como Juiz-árbitro, foi premiado com o tão honroso “Gold Badge”.

Antes do final do ano, e já com o estatuto de “Gold Badge” na bagagem, Rogério volta a partir para fazer dois ATP Challenger na Austrália, em Adelaide e Camberra, onde vai passar novamente o ano fora de casa, fora de Portugal. Regressa durante duas semanas, durante o Australian Open, e volta para o “outro lado do mundo” (Tasmânia, Austrália) para continuar o seu percurso de sucesso no circuito internacional de ténis. Nós, por cá, continuaremos atentos aos feitos de Rogério Santos, que tão longe leva e tão alto eleva a arbitragem e o ténis nacional.

 

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