August-Holmgren

August Holmgren conquista o título mais importante da carreira no Eupago Porto Open

5 Agosto, 2024

Dinamarquês sucede a Celikbilek e Nardi na galeria de campeões

 

August Holmgren é o novo campeão do Eupago Porto Open, o torneio do ATP Challenger Tour que a Associação de Ténis do Porto organizou, pelo quarto ano consecutivo (segundo na categoria 125), com os apoios da Federação Portuguesa de Ténis e da Câmara Municipal do Porto no Complexo Desportivo do Monte Aventino.

Número 249 do ranking ATP, o dinamarquês levou a melhor contra o espanhol Alejandro Moro Cañas (168.º) por 7-6(3) e 7-6(6) e conquistou, na cidade invicta, o segundo e mais importante título Challenger da carreira, que já na segunda-feira o levará a subir 83 lugares no ranking para alcançar a melhor classificação de sempre.

Holmgren e Moro Cañas chegaram à decisão deste domingo depois de salvarem match points: o dinamarquês anulou um nas meias-finais, o espanhol superou três nos quartos de final.

No segundo encontro entre ambos, novamente em Portugal (o primeiro foi no Indoor Oeiras Open II de janeiro), o desfecho inverteu-se apesar de ter sido Holmgren a terminar a jornada anterior significativamente mais cansado, pois precisou de 3h10 para superar Mikhail Kukushkin em comparação com a 1h10 dispendida por Moro Cañas face a Jaime Faria num embate encurtado pela desistência do melhor português do torneio.

Holmgren abriu a primeira ferida logo no jogo inaugural ao quebrar o serviço a Moro Cañas e liderou por 5-3, mas voltou a tremer no momento em que serviu para fechar o parcial (quatro erros não forçados) e só no tie-break é que conseguiu materializar o melhor aproveitamento do golpe de saída e afinar a pancada de direita.

A energia despendida numa reta final que podia ter evitado custou-lhe uma entrada menos autoritária no segundo set, que Moro Cañas aproveitou para ganhar vantagem. Só que, como tantas vezes ao longo da semana, Holmgren quis ter mais uma palavra a dizer. O dinamarquês foi agressivo q.b., recuperou o break de vantagem e apostou no kick para vencer de forma confortável os jogos de serviço seguintes até ao tie-break, que viria a confirmar a tendência da semana: ou venceu em três sets, ou em dois decididos no tie-break, desta vez após anular um set point.

“Honestamente quase não consigo acreditar nisto. É muito estranho estar num torneio com tantos jogadores de alto nível, que eu já vi em torneios maiores, e agora ser eu a vencer”, admitiu o novo campeão, ainda perplexo, no início da derradeira conferência de imprensa da semana.

“As últimas semanas correram-me muito bem e por alguma razão durante este torneio encontrei o meu melhor ténis”, continuou Holmgren, ainda à procura das melhores palavras para descrever o sucedido num mês de sonho, que começara com títulos num ITF M25 em Nottingham e num ATP Challenger 50 em Pozoblanco.

Cada vez mais lúcido, o tenista de Copenhaga destacou “a melhoria na resposta de direita” como aspeto fundamental para levar a melhor no reencontro com Moro Cañas, para o qual também contribuiu o apoio que sentiu ao longo de toda a semana e, em especial, durante este domingo: “Foi incrível, sobretudo ontem e hoje. Senti que o público estava do meu lado, mas quando eu refilei perdi um pouco o apoio deles e foi engraçado perceber essa variação. Mas para ser sincero prefiro ter o público a apoiar o meu adversário do que não sentir nada. Mas foi uma energia muito boa, gostei muito do torneio e são estes momentos que tornam tudo ainda mais especial.”

Licenciado em teatro pela universidade de San Diego, nos Estados Unidos da América, onde estudou entre 2017 e 2022 (foi vice-campeão nacional universitário na última época), e profissional desde então, August Holmgren venceu pela segunda vez em três semanas um torneio do circuito secundário e despediu-se de Portugal com o título mais importante da carreira.

Como resultado, subirá na segunda-feira do 249.º ao 166.º lugar para celebrar, em casa, na cidade de Copenhaga, a chegada à melhor classificação de sempre no ranking ATP.

A circunstância será semelhante à de Alejandro Moro Cañas, que apesar de não ter ficado com o título (também ele jogou a segunda final do ano e da carreira neste circuito) subirá do 168.º para o 151.º posto.

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